Empresa que quer botar ágil pra rodar, precisa virar a cabeça pra lua e dizer: que se arrebente as manias bestas de fazer interações onde o corpo não fala, só adormece.
Precisa jogar fora, deixar de lado, esquecer de querer controlar a comunicação com a execução de planilhas e e-mails pragmáticos entorpecentes é prática atual e de sucesso.
Precisar largar mão definitivamente daquelas reuniões bestas em que todos ficam sentados, parados, estagnados frente á uma TV vendo telas de software e planilhas toscas imaginando que vai mudar o mundo.
Não adianta ficar parado, sem se mexer, sem fazer o corpo se expressar, sacudir-se, isso significa travar o fluxo de inspiração da vida do conhecimento e das ideias. Isso significa bloquear a rede.
As empresas precisam de vida, precisam aprender a usar as suas paredes, os seus tetos, seus móveis a favor do fluxo de inspiração da vida da criação, da inovação e da produtividade. O empreendedor precisa saber que a escola é todo dia, que o quadro negro tá lá para ser preenchido com a ideia a ser publicada, discutida, analisada, detonada.
As pessoas transpiram e produzem com muito mais eficiência, já dizia o profeta, é 99% transpiração para 1% de inspiração. Quando o corpo não funciona a mente padece.
Não adianta pensar que parados, escrevendo e-mails, alimentando software, planilhas ou processos, sem interação, sem dinâmica de vida e sacolejo, a vida vai melhorar.
Botar o ágil pra funcionar é transpirar, é sofrer para falar e decidir cara a cara, é jogar fora essa história de dar feedback, já foi o tempo disso, o feedback não tem mais que ser em uma sala fechada. Essa história de feedback 180/360 graus, já era.
Feedback é diário, é na reunião diária, todo mundo em pé, olhando e mexendo no conhecimento, apurando as metas e definindo o caminho para a entrega final. É ali, no face to face, na lata, na caradura que a coisa tem acontecer. Eu falo e você fala, e todo falam e o resulta é visível.
Empresa ou empreendedor que tem tempo para dar feedback é porque não tem interação e nem equipe auto organizada. Sua empresa ainda consegue parar no tempo para dizer se tá bom ou não o funcionamento da coisa, isso precisa ser instantaneo.
Botar o ágil pra rodar é paranóia, é olhar no olho do cliente e o cliente olhar no olho do produto, é ver a entrega, é sentir a vibração das pessoas, o compromisso com o fluxo da vida. É a rede, é o negócio, o negócio é a rede, não a clausura, não a hierarquia.
Se não fizer isso, não faça nada, fique esperando a morte chegar!
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