sexta-feira, 3 de julho de 2009

Perfil do gerente de projetos brasileiro

Não quero entupir todos vocês com lamúrias e devaneios sobre o perfil ideal e sobre aqueles papos para boi dormir sobre gestão de projetos.

Quero escrever para o empreendedor que está recrutando o profissional de gerencia de projetos.
Qual a diferença entre o GP brasileiro e o GP americano?

Não existe diferença de formação, o detalhe está na origem da coisa. Quando nasceu a profissão do Gerente de Projetos, ele era tido como o CHIEF ENGINEER. Esse cara das antigas, que começou a gerenciar os primeiros projetos era viciado por ferramentas, processos, planilhas, compilações, cronogramas, escopos e etc. Com as revoluções e, principalmente, os novos conceitos de gestão de projetos, como exemplo, a metodologia ágil , percebemos uma variabilidade muito grande no tratamento da função gerenciar projetos.
Portanto, empreendedor, àquele gerente de projetos, tido como chief engineer, ou que você perceba que ele é vidrado em certificações, técnicas, emblemas e siglas, fique esperto, veja se ele tem prática com pessoas. Identifique se esse profissional sabe orientar pessoas antes de orientar projetos, afinal uma coisa não existe sem a outra.

Como fiz uma série de conclusões pelo Twitter, preferi sintetizar aqui no blog esses assuntos para não ficarem dispersos e não criarem asas indesejáveis.

Quando digo que o gerente de projetos brasileiro é diferente do americano oriento-me pelo perfil do profissional executivo brasileiro. Se olharmos através dos livros sobre liderança dos americanos, percebemos que o foco é dizer que as pessoas precisam ser amadas para serem lideradas, buscam a afetividade.
No Brasil, nós não precisamos saber disso. O brasileiro tem facilidade com pessoas e relacionamentos, fazemos isso naturalmente.
É nesse ponto que menciono o fato das metodologias ágeis terem encontrado tantos adeptos em tão pouco tempo no Brasil. Esse fator se deve ao principal conceito dos valores ágeis, 'Individuals and interactions over processes and tools '. Para o brasileiro é natural envolver pessoas e indivíduos antes de processos e ferramentas.

Empreendedor, pense!

Vamos em frente!!!


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Um comentário:

Caroline disse...

Eu já passei seu blog pro meu chefe, mas ele pelo jeito não lê.
E ele se encaixa na primeira descrição, naquele viciado em planilhas e cronogramas...