Lendo as principais escritas e predições sobre o nosso futuro, seja ele enquanto empreendedores ou empregados, concursados ou políticos, agricultores ou simplesmente fazedores de alguma coisa. Tenho pensado muito sobre o que colocar em prática para viver os próximos 10 anos de minha vida.
Empreender é algo que já está comigo desde 98 (aos 18 anos) quando começamos um grupo de voluntários socorristas para apoiar o Corpo de Bombeiros, aqui em Cascavel.Pr. Daquele momento em diante, lembro que não parei de inventar coisas e buscar maneiras ou então , processos, para formalizar nossas atividades. Lembro do dia em que convidei todos os amigos do grupo e apresentei para eles uma proposta: transformar nosso grupo em uma Cooperativa. É sério, eu comprei um conjunto de livros que explicava do início ao fim como montar cooperativas. Propus a eles e, diante da imaturidade de todos nós, nada aconteceu. Isso é detalhe, pois no fim das contas acredito que nada teria dado certo. Eu fiquei realmente entristecido, pois já havia pensado até no nome, seria lgo como Coodesvel - Cooperativa de desenvolvimento sustentável de Cascavel. Incrível, não?
Depois daquela ideia inicial percebi que o caminho seria criar uma Associação, pois desta forma poderíamos formalizar propostas para captar investimentos no Grupo, poderíamos buscar parceria com o governo municipal e diversas outra ações. Até mesmo , porque naquela época nasceu a lei das OSCIPS. Bem, novamente a ideia não foi aceita pelo grupo e no final das contas, deixei o grupo. Acho que perturbei demais meu antigos amigos com tantas ideias. Percebi que eu ficava mais nas ideias que na operação. Ou seja, enquanto eles estavam passando a madrugada atendendo a população junto com o Corpo de Bombeiros, eu ficava lá pensando e viajando, escrevendo projetos e outras coisas mais que a juventude me oportunizou.
Lembro que em 2002, aos 21 anos, criei a AMABRASIL - Associação dos Mochileiros Ambientalistas do Brasil. Fantástico, não! Bom eu sempre fiquei impressionado com os projeto que criava, coisa de empreendedor ou de jovem sonhador. A Amabrasil caminhou um pouco, foi em frente, com ela, investi uma boa grana em equipamentos de esportes radicais para prática de Rapel e comecei a organizar grupos para passeios de ecoturismo. Esse período foi um dos melhores da minha vida, literalmente, minha missão era levar pessoas para curtirem e praticarem aventuras radicais em ambiente selvagem. Puxa vida! Um negócio com essas caracteristicas é sensacional. Deu certo! Levei acredito que 6 grupos em finais de semana. Eram formados por 10 pessoas. O esquema era que eu contratava uma van, agendava o dia inteiro, sábado ou domingo, e disparava com todos logo cedo para um local inóspito. Saíamos por volta das 7h da manhã. No pacote de ecoturismo estava programado o Arroz de Mochileiro, um prato a base de arroz integral e carne de soja, que criei exclusivamente para este projeto. Se eu continuar essa história, poderia elaborar um plano de negócios para um projeto muito interessante, o que acha?
Hoje, dia 14.04.2011, estava atualizando meu perfil na linkedin, e percebi que havia deixado de lado diversos projetos importantes que contribuíram muito com minha formação empreendedora. Acho que em nenhum dos artigos que eu já escrevi, destaquei esses projetos como COODESVEL, GRUPO DE SOCORRISTAS, AMABRASIL, TRILHAS DO PARANÁ e outros. São diversas as histórias que junto com grandes amigos, como Fernando Hallberg, Rafael Caceres, Dênio Flávio, Soldado Domanesck, o Carlão, o Alexandre, o Ricardo Tomasini. Nossa, uma sensação total de nostalgia me cobriu agora.
Mas o fato é que a formação de um empreendedor se dá pelo somatório de ações incansáveis de pensar e agir. Falar sobre essa formação é fazer uma análise minuciosa do histórico vivido, das lições aprendidas, dos tombos, erros e acertos. Percebo que a principal contribuição que tive com esses projetos todos está no verdadeiro encontro entre pessoas e suas ideias. O empreendedor vive para formar grupos e construir equipes. A grande missão de todo empreendedor está em construir relações com pessoas para com isso gerar produção, trabalho em forma de produto ou serviço. Eu sempre tive uma queda muito forte pelo social, para ajudar pessoas a fazerem suas ideias acontecerem. Desde muito cedo minha vontade foi a de ajudar o mundo a ser melhor. Ao montar um projeto sempre me preocupei em ter algo em mãos que fosse sensacional, que as pessoas realmente fossem gostar de usar, de testar ou mesmo de comprar, como foi o caso do projeto da AMABRASIL e da TRILHAS DO PARANÁ. Na primeira, preocupei-me com a educação ambiental, ou seja, levar as pessoas para o ambiente natural para que elas aprendessem a preservá-lo, entendessem da importância dele. Com a TRILHAS DO PARANÁ, o objetivo foi de organizar uma equipe para dar suporte a um grupo de ecoturistas na prática de esporte radical.
Por fim, para concluir esse post sobre minhas experiências empreendedoras, um ponto que não posso esquecer é que fiz praticamente tudo isso sem um tostão sequer no bolso. Não tinha nada, nenhuma conta com grana no banco. Portanto, vou dizer para você que se existe alguma dúvida de que iniciar projetos empreendedores sem dinheiro é possível, sou uma prova de que é possível. O que é impossível para um empreendimento é a falta de coragem e vontade do individuo.
Agora, seguir em frente pensando nos próximos 10 anos sem deixar de enforcar o hoje para gratificar o futuro, confesso que não tenho a menor vontade de iniciar uma atividade com grana. Por esse motivo, trazer todo o passo á tona para análise, justifica-se para encontrar o melhor caminho para construir os próximos 10 anos.
Vamos em frente, pois quero seguir com vocês escrevendo sobre minhas experiências, acredito que mais uns 4 post s sobre meus atos empreendedores eu destaque aqui para vocês. Caso alguns dos meus amigos leia esse post e queira complementar ou escrever qualquer coisa, sinta-se a vontade em escrever o que quiser. Ficarei feliz com isso.
Vamos em Frente!!!!
Jordano Gonzatto
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