quinta-feira, 16 de junho de 2011

nos ajustes para lançar o capítulo 4 do #campodebatalha #empreendedorismo #ebook

Estamos no quarto capítulo do e-book Campo de Batalha, e o momento mais incoerente para cada empreendedor,  foi para mim, é o momento da operação. São vários os estilos de empreendedores que a gente encontra. Desde aquele que tem um estilo mais comunicativo, que empreende pela comunicação, até aquele que não consegue se comunicar verbalmente, fala pelos números, é o empreendedor financista, ou o mais próximo do burocrático, talvez. Mas existem vários perfis de empreendedores e é importante você definir e entender qual é o seu. Operação é estabelecer o cumprimento de metas e alvos, seja administrativo, financeiro, contas a pagar, fluxo de caixa e, independente do seu perfil, você precisa dar conta disso.

 

 

Operação está dentro de um tema chamado Execução. Com todo respeito, a dona Execução é uma senhora difícil de lidar, pois é exigente nos temas operação, pessoas e estratégias. Com este artigo iniciamos uma análise das três principais áreas da Execução, operação, pessoas e estratégias. O artigo 4 trata da Operação e do dia a dia de experiências empreendedoras, no artigo 5 estou a construir um texto orientado a parte tática de uma empresa. No artigo 6 vou escrever sobre estratégias e no 9 sobre pessoas. Seguindo nesse sentido desenhamos uma linha mais simples de aprendizado. Falar diretamente sobre pessoas sem pensar nas estruturas de uma boa semeação, iniciação, start, é sufoco. Agora, entrar na operação é mais dureza ainda. Vamos lá, vamos entender um pouco mais sobre a operação.

 

 

OPERAÇÃO - com o pé dentro de campo, em jogo, na direção para fazer o gol!

 

 

Com as ações de operações entramos em uma área pragmática da área empreendedora, operação é uma disciplina de Check, de resultado na sua empresa ou projeto. O objetivo das ações de operação convergem com atividades de várias áreas de uma organização. Hoje em dia vemos várias vagas de empresas com cargos de Diretoria de Operação. No Brasil essas ações começaram a acontecer há pouco mais de 10 anos, trazidas pelas multinacionais. Esse cargo foi incorporado nas brasileiras, todavia, ainda segue com alguns tropeços. Em oportunidades já pude ver empresas com profissionais ocupando funções de Operação, que aglutinam as áreas de Produtos, vendas e suporte sem enxergar a principal função de um operador de negócios, a orçamentação. Mas o objetivo deste capítulo do livro não é destacar o cargo ou as funções de um diretor de operações, e sim, falar das difíceis experiências que o autor viveu com as suas operações empreendedoras.

 

A experiência que compartilho nesse capítulo é a que mais vejo como incoerente, é a da operação em si. Ou seja, dependendo do estilo do empreendedor e do segmento do negócio, a operação se desenha. E é aí que eu vejo uma grande incoerência, pois quando você decide por empreender, desenhar a operação é tarefa que precisa ser cumprida. Para exemplificar, quero dizer que a operação está em gerir todos os processos básicos da organização que são, faturamento, caixa, pagamentos, folha de pagamentos, fluxo de caixa e outras rotinas administrativas inerentes ao negócio. É incoerente, na minha visão porque dificilmente um empreendedor gosta de rotinas, fazer dessas rotinas básicas tarefas prioritárias de gestão é um problema do tamanho de um bonde que precisa ser resolvido. 

 

Campo de Batalha é sobre operação, operação é o campo de batalha. É sobre como realmente fazer as coisas. É a batalha diária de fazer o que precisa ser feito. Desde que comecei como empreendedor identifico que nossa maior confusão está em operacionalizar as coisas para que aconteçam. Para isso existem métodos técnicas que fazem o negócio ser visto em camadas. O empreendedor é um guerrilheiro que está no dia a dia tendo de realizar tarefas, criar coisas como e-mails para clientes, projetos para as equipes, incrementos de documentos de projetos, propostas de negócios e etc. O campo de batalha é visto como um plano de jogo. Nele você configura suas áreas e rotinas de trabalho. Nas experiências que tive a batalha maior é dar respostas as diversas ações que um negócio demanda. Entregar respostas em formas diversas com produção de conhecimento para as pessoas é o que impulsiona a entrada de receita.

 

Estar no campo de batalha é lutar por ganhos equilibrados, é como bater a meta de vendas do dia.  É fazer a equipe caminhar entregando os incrementos de maior valor ao negócios. Isso é estar no campo de batalha, guerreando, atirando, batendo, matando leões para conquistar e encantar mercados. Ser guerrilheiro é ser operário de uma causa, lutar por ela. É enxergar uma metodologia e aplicar.

 

Operação é a rotina, é a correria do dia a dia. A batata tá assando e você precisa descasca-la de qualquer jeito. O cliente que você conquistou há 45 dias atrás, está ligando para você cobrando a entrega do produto que você prometeu que seria em 30 dias. Puxa vida! E agora, o que é que você vai fazer? Não tem outra saída, é pegar coisa por coisa e nesse momento pensar simplesmente em aplicar energia para concretizar e não perder o cliente de jeito nenhum. O cliente já entregou para você um chequão para ajudar nas despesas, você está sendo parceiro dele e ele está sendo seu parceiro. É fácil dizer o que fazer e destacar os problemas todos. Difícil é entender toda essa dinâmica operacional e deixar as coisas redondas desde o início.

 

Na operação existem diversos campos de batalha, você tem o financeiro, o de marketing, a equipe de vendas, os técnicos de campo, a equipe de desenvolvimento, produtos, compras, faturamento e etc. Se você é o líder dessa operação, sua dinâmica de jogo pode ser vista como a de um jogo de futebol. Cada profissional do seu time deve ter um papel, você deve ter um papel e decidir com qual estilo vai guerrear para ganhar a batalha. Qual é a batalha? A batalhe é a meta, o prazo de entrega das tarefas e atividades das pessoas e equipes. A entrega da meta é o faturamento, é a receita, é o din din no final do mês.

 

Desde o início da sua vida, o empreendedor é inserido na operação, como se ela fosse um cabresto. E carrega a atividade sem muitas vezes encontrar táticas para montar uma estratégia de guerra. No campo de batalha não pode faltar estratégias e táticas. Mas como fazer isso com simplicidade, sem que o tempo, a correria do dia a dia atrapalhe nisso tudo? Não interessa como, o empreendedor tem obrigação de aprender a equilibrar suas atividades diárias de produção, com as visões estratégicas e táticas de atuação.

 

O Samurai ama uma coisa e conhece a natureza daquilo que ama. Para o Samurai, é no campo de batalha que ele encontra o que ama de fato.  É lá que a sua força é máxima, é na aplicação da sua tática de luta no campo. Para o empreendedor o campo é a sua especialidade máxima, é onde suas habilidade se encontram e ele é o mais ávido de todos. Não tem concorrente para quem ama o que faz e sabe amar.

 

Quando estamos na fase de startup, estamos descobrindo ainda como vamos convencer qualquer cliente ou investidor com nossa ideia. Lá na iniciação, quando estamos escrevendo os primeiro rabiscos e premissas do plano de negócios, ainda estamos estudando, compreendendo os impactos da ideia em um modelo empresarial. Esse momento é de preparação. Você não entrou em campo para guerrear. Você esta aprendendo a empunhar uma espada. Sua metralhadora não foi construída. Você é só uma semente.

 

Ao entrar em campo, o empreendedor precisa conhecer a dinâmica do jogo, saber como jogar, como se defender diante de ataques. Ao entrar em campo você precisa saber como chegará ao gol. É o momento em que seu plano de negócios já esta criando raízes.  Ao entrar em campo é preciso estar claro que as perguntas do mercado são resultados das suas respostas. Quanto mais rápido você entrar no mercado, mais rápida deverá ser a sua capacidade de respostas.

 

O campo precisa estar sob um sistema de jogo, dinâmico conforme o modelo de negócios. Na guerra atuar no ar, na água e na terra é essencial para a defesa e para o ataque. O sistema de jogo do empreendedor requer uma tática para as três camadas. O ar é o nível da estratégia, defini os voos que serão dados aos objetivos. A água é o oceano para mergulhar, um oceano de oportunidade e muitos perigos. A terra é base de apoio, é o campo, nela o empreendedor precisa operar, levantar poeira, ser o mais esperto e sábio dos Samurais.

 

Como atingir os três níveis da dinâmica de negócios? Como manter seu equilíbrio nas três camadas atmosféricas do sistema de jogo? E então, você já está vivendo essa fase, já teve situações em que a fase de operação foi um total fracasso? Mexer em um plano de gestão financeira é difícil para você?

 

Eu lembro das minhas confusões para gerir um fluxo de caixa. Primeira atitude que tomei foi a de decidir que um fluxo de caixa é essencial para o meu negócio. Diante disso busquei apoio para construir um. Fui ao encontro de um consultor em finanças e comprei algumas cartilhas do Sebrae sobre gestão financeira. Lembro que em 2008, quando implantava um projeto de gestão ágil na Flex Digital, adotamos uma linha de organização financeira seguindo um livreto do Sebrae. Neste livreto vários artefatos financeiros e administrativos eram sugeridos ate chegar no fluxo de caixa e nos demais cálculos de necessidades de capital de giro. Para implementar o projeto financeiro, abrimos um framework de gestão através do Scrum e lançamos as os artefatos financeiros como tarefas, priorizadas por sprints. Puxa vida, foi realmente fantástico aplicar e desenhar um sistema de controle financeiro usando Scrum.

 

Isso é operação, isso é entrar em campo com tática de guerrilha. Se você não gosta de finanças mas é um empreendedor, não tem como escapar, você precisa ter as suas planilhas ou adotar um sistema financeiro para isso. Queimar fosfato para que isso aconteça é o mínimo que você tem que fazer.

 

Entenda, o cliente está pagando e você não está administrando. O dinheiro entra e saí e você não sabe para onde vai. Você vai ficar nessa até quando? Você vai deixar que isso aconteça com você?

 

Vamos em frente meu amigos, operação é derramar o sangue até os olhos esbugalharem de cansaço e o cérebro explodir de exaustão. Ou você imaginou que entrar em um campo de batalha é só ficar na trincheira com a metralhadora empunhada esperando a morte chegar.

 

Vamos em frente!

 

Jordano Gonzatto

 

Posted via email from Campo de Batalha

Um comentário:

Empresas E Dinheiro disse...

Otimo artigo.Conheça nosso Blog Empresas & Dinheiro e caso goste pode escrever um artigo e nos enviar para publicação.

Ao final de cada artigo é possivel colocar um link para seu site para que outros também o conheça.

Abraço.