sexta-feira, 15 de julho de 2011

Experiência Empreendedora: Tática

Não sei se você percebeu, mas estamos no quinto elemento do livro Campo de Batalha, sobre empreendedorismo ágil. Até aqui transmiti alguns pontos importantes para todo empreendedor, tais como o elemento da Iniciação, que é nela que aprendemos as primeiras lições de experiência. Em que ter a curiosidade como estado de espírito é essencial para empreender.

 

No segundo post, prendemos nossa atenção aos detalhes da semeação, o universo dos relacionamentos como a principal variável de sucesso para os negócios. No artigo terceiro, sobre o Start do negócio, a receita financeira já está aparecendo e como começar a geri-la transforma-se em um grande problema.

Por fim, no quarto artigo mergulhamos nas complicações do mundo da operação que é a entrada do empreendedor no campo de batalha.

 

O caminho percorrido até aqui, passando pelas fases de Iniciação - Sementes - Start - Operação e agora - Tática -  são o suficiente para atingir o ponto de equilíbrio orgânico do empreendimento que se está gerindo.

 

A Iniciação do empreendedor se dá com as suas ideias, os seus sonhos. É o começo feliz, é o momento de inspiração e energia concentradas na explosão de começar, de colocar a ideia em pratica. Neste momento, lembro-me que estar empreendendo era como preparar-me para embarcar em um ônibus espacial. Meses e meses amadurecendo a ideia, desenhando no guardanapo as tarefas necessárias para que o negócio se configure.

 

Saímos do mundo tácito e caímos em ambiente explícito, é a fase da semente, é o momento que o empreendedor começa a semear o seu canteiro de colheita. A semente é a mensagem que levamos para o encontro de nosso possível perfil de cliente. Nessa fase nada é mais fundamental de que pesquisar e definir muito densamente quem é o cliente. Responder a esta pergunta significa começar a fazer as primeiras perguntas para defender a ideia de negócio. Alguns artefatos nessa fase começam a ter grande importância. Para alguns modelos de negócios o plano de negócios se torna essencial. Esse é o artefato que mais vai incomodar o empreendedor pelas fases iniciais, como também uma apresentação de vendas.

 

Na fase de Start é o momento em que as engrenagens começam a girar sincronizadamente.  Não pense que nessa fase sincronismo seja o mesmo que coesão, pois não é. Essa é a fase de sincronizar as primeiras entregas aos clientes. Pois, após a fase anterior, o negócio já começa a se definir e as primeiras entregas ao público consumidor começaram a surgir. Entregar é o maior esforço de criação e execução que o empreendedor pode ter. É essencial para o amadurecimento e definição futura de como a empresa vai se comportar. Essa definição se dá pela entrada de novos escopos, advindos dos clientes. As novas demandas colocam em check as estruturas até então definidas. Por esse motivo é que a fase de Start-up é a mais estudada de todas as fases.

 

O startup de todo projeto acontece com a entrada de novos requisitos ao produto ou serviço. Desde a fase de iniciação, passando por semente e, chegando ao start, o empreendedor ainda estava no momento explícito de sua ideia. Ao emergir um cliente, uma nova composição de necessidades se encaixam e administrar esse novo escopo é o divisor de águas para um empreendimento que vai atingir a sustentabilidade ou não.

 

É na operação, quando o cliente já recebeu as primeiras entregas e você recebeu a primeira entrada de receita, que as coisas definitivamente começam a ficar coesas. O sincronismo entre a ideia, a captura do cliente e, as primeiras entregas, mostram que mais um passo rumo a maturidade foi dado. Esse passo é o da coesão entre a entrada e a entrega. O estágio de operação fecha o primeiro ciclo do conhecimento empreendedor, deixando a fase explícita do start e, entrando em uma nova fase tácita com o cliente. Com a operação gerindo entrega, entrada e cobrança, o empreendedor fecha o seu primeiro ciclo.

 

Mas agora, neste quinto artigo, falamos da sequencia para todos esses degraus de experiências. Neste degrau precisamos entender do quinto elemento, a tática que vamos aplicar ao nosso produto ou serviço, tática esta aplicada ao ciclo de entregas. Nessa fase buscamos responder a perguntas e dúvidas simples, pois ao receber o produto ou serviço, qual é o novo pensamento do cliente? O que ele está achando de consumir tal serviço? Está agradando, é legal?

 

Em síntese o cliente inicia uma nova fase em sua particularidade, que é receber a sua entrega e analisar a nova experiência. O cliente está ativo elaborando um novo pensamento, desse pensamento um novo escopo pode surgir, novas perguntas podem ser feitas sem antes imaginarmos a existência delas. Por esse motivo, ter claramente uma visão tática de como se está atuando no campo de batalha, facilitará a formulação de novas respostas para as novas demandas e opiniões do clientes sobre suas experiências.

 

A tática em campo de batalha junta-se ao cliente e constrói trincheiras para que a estratégia funcione. A tática deve ser pensada como o empunhar da baioneta e das ferramentas possíveis de observar e atingir o alvo.

 

A tática, após o empreendedor muito sofrer para entender, parece que é como os passo que o individuo precisa dar desde o nascimento. No começo existe uma forte dificuldade de se observar como a vida está caminhando, haja vista que o dia-a-dia é tenso e muito corrido. A família fica de lado, a namorada reclama muito. No final das contas essa fase toda serve para o empreendedor se transformar num excepcional coletor de sinais, em um excelente atleta, em um profissional dedicado a a acompanhar a evolução natural do seu trabalho.

 

Coleta de sinais é um formato plano de analisar o mundo. Pelo lado cartesiano, a análise passa a orientar os próximos passos que o individuo precisa dar. Ao fazer uma coleta, ocorre a captura de uma determinada percepção, uma observação mental é construída, transformada em orientação. A tática auxilia o empreendedor a tomar decisões baseadas em melhores práticas, coletadas ao longo da vida, ou ao longo da execução de uma tarefa.

 

Da coleta de sinais para o universo da negociação o ambiente tático começa a se configurar em um possível processo. Os processos tendem a ser criativos, partindo da ótica do indivíduo que o cria. A tática elevada a um segundo nível formata-se em um processo. Observar o ambiente prático converge para formação de uma disciplina, transformando a tática em um passo mágico facilmente definido pelo empreendedor que conhece e aprende a fazer o que propõe o negócio.

 

A tática começa a ser aplicada aos processos para atingir desempenho, o campo de batalha começa a ser visto com maior evidencia, pois a tática começa a ser tratada como um pensamento pelo empreendedor. A maturidade tática em processos garante o passo para o desempenho. Da coleta de sinas para as decisão de agir sobre processos.  A tática é o Agir, é o formato em que será efetivada a estratégia.

 

Para fecharmos uma conclusão sobre tática, vamos analisar na abordagem ágil o seguinte:

 

A gestão de técnicas de rotinas operacionais impinge ritmo de acompanhamento de fluxo de caixa, indicadores financeiros, análise de performance e informações estratégicas. A dica essencial do ágil à tática passa pelas técnicas mais básicas, como Gestão à vista: afixar os principais indicadores de trabalho, baseados em áreas do negócio, com ênfase nas tarefas e atividades de organização.

 

A tática na ótica da agilidade é como uma estratégica democrática, envolve objetivos estratégicos, que mostrem os indicadores de participação social, econômica, cerimônias de entrega de produto, grau de capital social da empresa, gestão recursos e pessoas. Além do nível de auto organização de trabalho, maturidade e desenvolvimento de grupos e equipes.

 

A tática para o empreendedorismo ágil oferece uma visão de abordagem, mais no sentido de como realizar uma condução de projetos ou proposta de negócios para um cliente. A abordagem pela entrega de produto é melhor que a pela entrega de serviço. Embora uma abordagem puxe a outra, é mais fácil otimizar a entrega do produto que, do serviço. Mas nada impede de se buscar um equilíbrio entre produto e serviço.

 

Existe alguma questão pertinente sobre qual tática é melhor?

 

Quais práticas de trabalho implantar uma estratégia democrática?

 

Para condução de projetos e desenvolvimento de produtos, quais táticas aplicar?

 

 

Essas questão somam-se à uma ótima hipótese dentro de nosso negócio. Responder ao que pode acontecer é papel da tática. Como exemplo, analisem: ao definirmos uma tática pegamos um cartão de histórias para escrever suposta feautures e, em conjunto é escrito a história de teste para aplicarmos uma tática coerente. Em conjunto a equipe trabalha em cima de uma visão de negócio. Com atividades e tarefas derivadas de uma história de teste. Afinal, tática é defesa, e a melhor defesa, é o ataque. Nesse exemplo quero mostrar que ao nascer uma estratégia, democratizá-la é melhor maneira de prever o impacto de uma tática.

 

Vamos imaginar que seja adotada uma tática baseada em marketing de guerrilha. Uma tática vinculada a uma precificação de long tail, por fim, a adoção de uma tática equilibrada significa colocar todos os envolvidos em discutir sobre a estratégia a ser executada. Assim, a tática, com toda a sua simpatia chega e, coloca a casa de pernas para o ar.

 

 

Em ultima análise, chegamos a conclusão de que o capítulo 5 aborda um assunto que entra no meio da pirâmide organizacional, a tática deste artigo do Campo de Batalha, mostra que para chegar ao objetivo dentro de um campo, em um jogo para ganhar, é precisa chegar ao gol. A tática deve ser bem desenhada, estar alinhada com a estratégia e a operação. A tática é como uma visão do primeiro ano de implantação de um plano de negócios que pode ser quebrada em 12 tarefas, uma para cada mês.

 

A tática pretende dizer como vou vencer ao entrar em Campo com minha equipe. Se você conseguiu entender o que está desenhado aqui, convido você para testar essa ideia e escrever a sua história de negócios. Entrar em campo é chegar a ter claramente quais são as regras do jogo. Qual é o jogo que não possuí regras? Não tem como você construir sua tática sem que você conheça em tipo de campo vai jogar. Não só o campo é importante para desenhar uma tática eficiente, mas em qual tipo de jogo vamos entrar.

 

Nos meus trabalhos como empreendedor  sempre tive claro em minha frente de que precisava a qualquer custo posicionar-me em frente ao cliente para receber o seu feedback, seja ele qual fosse. O que eu sempre quis foi atingi-lo com minha força de trabalho e iniciativa em ajudá-lo . Essa tática na minha visão me levou a estar à frente em diversos casos, tanto para responder com agilidade, quanto para proteger-me de ataques que pudessem vir oriundos dos concorrentes.

 

Vamos em frente, seguir para uma novo patamar, pois pensar de maneira tática é manter o sucesso ativo, com práticas de resultado e inovação.

 

Aguarde o capítulo 6 que ele vem recheado de um tema trata das estratégias.

 

Forte abraço!

 

Posted via email from Campo de Batalha

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